Associação de Supermercados do RJ espera retirar 3 bilhões de sacolas plásticas de circulação por ano.

Asserj lançou a campanha ‘Desplastifique Já’ para incentivar o uso de sacolas renováveis. As duas primeiras sacolas nos próximos seis meses não serão cobradas.

A Associação de Supermercados do Rio (Asserj) espera retirar três bilhões de sacolas plásticas de circulação das ruas do Rio de Janeiro a cada ano. Nesta quarta-feira (26), entra em vigor uma lei que proíbe a cessão ou mesmo a venda dos modelos descartáveis ou de uso único em qualquer estabelecimento comercial no estado.

Em prazos que vão até o fim deste ano, o supermercado ou a loja que descumprirem a nova regra estarão sujeitos a multa de até R$ 34 mil.

Clientes poderão acondicionar as compras em bolsas trazidas de casa – as “ecobags” ou adquirir o modelo renovável – cinza ou verde – que dura até 50 compras.

O Rio de Janeiro produz por ano, quatro bilhões de sacolas plásticas convencionais. As 1.500 grandes lojas de rede de supermercados despejam no mercado cerca de três bilhões de sacolas por ano. O restante fica a cargo de pequenos mercados e mercearias, que terão até 26 de dezembro para abolir as sacolas convencionais.

A coordenadora jurídica da Asserj, Ana Paula Rosa, destacou que mais de quatro mil empacotadores foram treinados para a substituição das sacolas. E para que os supermercados pudessem se adaptar à lei.

“A partir de agora, supermercados que ainda tiverem sacolas convencionais em estoque deverão separá-las e enviá-las para reciclagem”, disse a coordenadora.

Modelos novos podem ser reutilizados até 50 vezes — Foto: Alba Valéria Mendonça/G1

Modelos novos podem ser reutilizados até 50 vezes — Foto: Alba Valéria Mendonça/G1

Campanha para reaproveitar

Em evento realizado no AquaRio na manhã desta terça-feira (25), a Asserj lançou a campanha Desplastifique Já. O presidente da Asserj, Fábio Queiroz, disse que a partir desta quarta, 1.500 lojas já deixarão de distribuir o modelo descartável, normalmente na cor branca.

“As duas primeiras sacolas serão ofertadas gratuitamente por seis meses. A intenção é fazer com que as pessoas as reutilizem”, disse Queiroz.

De acordo com a nova lei aprovada na Alerj na última quarta-feira (19), que complementa a antiga Lei das Sacolas Plásticas, cada consumidor pode ganhar no máximo duas sacolas feitas com material mais sustentável, pelos próximos seis meses.

A legislação diz que se o cliente quiser mais, terá que pagar por elas, a preço de custo, enre R$ 0,05 e R$ 0,08.

Ainda segundo Queiroz, o custo de produção das antigas sacolas, que antes era embutido no preço dos produtos, agora vai se transformar em mais promoções para os consumidores.

“As sacolas reutilizáveis vão custar entre R$ 0,05 e R$ 0,08, cada. Mas nosso objetivo é criar o hábito nas pessoas de reutilizar as novas sacolas, que são de 4, 7 ou 10 quilos e podem suportar até 50 idas às compras”, detalhou.

“Assim como as pessoas têm sacolas de viagem, da academia, queremos que tenham também uma sacola de mercado, seja de lona, de papel, de pano ou de plástico retornável”, disse Queiroz.

O presidente da Asserj disse ainda que é importante destacar que as novas sacolas – cinza, para produtos orgânicos, e verde para produtos secos e recicláveis – não são biodegradáveis. Elas foram produzidas com 51% de produtos renováveis, como a cana de açúcar, mas não devem ser utilizadas como saco de lixo.

“Para o lixo, existem sacos produzidos especialmente para isso. As cores verde e cinza ajudam a separar o descarte para reciclagem em pontos de coleta nos próprios supermercados, mas não para servir como saco de lixo. Queremos que os consumidores utilizem as novas sacolas como sacolas permanentes. É impossível acabar com o plástico de uma vez por todas, mas aos poucos, podemos contribuir com o meio ambiente. Já tem a lei dos canudinhos, agora começa a lei das sacolas e já está em tramitação na Assembleia Legislativa a lei dos copos plásticos”, destacou Queiróz.

O diretor-presidente do AquaRio, Marcelo Szpilman, apoiou e elogiou a campanha. Segundo ele, as sacolas plásticas são os maiores vilões dos oceanos, responsáveis pela morte de milhares animados marinhos todos os dias.

“O problema do plástico é o seu descarte errado. Essas sacolas vão parar nos oceanos e são engolidas por peixes, tartarugas, golfinhos, que acabam morrendo sufocados ou de inanição. Esse plástico, quando engolido não é digerido e acaba impedindo os animais de se alimentarem”, explicou Szpilman, que aboliu o uso de material plástico no AquaRio.

Fonte: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2019/06/25/associacao-de-supermercados-do-rj-espera-retirar-3-bilhoes-de-sacolas-plasticas-de-circulacao.ghtml

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